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terça-feira, 31 de maio de 2011

[Técnico] A Microfísica do Poder de Michel Foucault

Estudantes e profissinais da área de Saúde devem ler a obra de Michel Foucault.


Michel Foucault nasceu em Poitiers, França em 15 de outubro de 1926, e faleceu em Paris em 26 de junho de 1984. Foi filósofo e professor da cátedra de História dos Sistemas de Pensamento no Collège de Francedesde 1970 a 1984. Seus primeiros trabalhos foram: História da Loucura, O Nascimento da Clínica, As Palavras e as Coisas, A Arqueologia do Saber, além dessas obras que seguia uma linha estruturalista, tiveram também Vigiar e Punir e História da Sexualidade que não o impedio de ser considerado pós-estruturalista.

O livro Microfísica do Poder de Michel Foucault organizado por Roberto Machado (Doutor em filosofia pela Université Catholique de Louvain, na Bélgica e estagiário do "Collège de France", sob a orientação de Michel Foucault, entre 1973 e 1980), contém transcrições dos cursos ministrados no Collège de France, artigos, debates e várias entrevistas que auxiliam na introdução ao pensamento de Foucault.
Esta obra explicita como os mecanismos de poder são exercidos fora, abaixo e ao lado do aparelho de Estado. Assim como, mostra-nos a relação de poder e saber nas sociedades modernas com objetivo de produzir “verdades” cujo interesse essencial é a dominação do homem através de praticas políticas e econômicas de uma sociedade capitalista.
No capítulo Verdade e Poder Foucault explica que a verdade é produto de várias coerções causadoras de efeitos regulamentados de poder. “Parece-me que o que deve se levar em consideração no intelectual não é, portanto, ‘o portador de valores universais’, ele é alguém que ocupa uma posição específica, mas cuja especificidade está ligada às funções gerais do dispositivo de verdades em nossa sociedade” (Foucault: 13). Ou seja, ele coloca a questão do papel do intelectual na sociedade como sendo uma espécie de produtor das “verdades”, dos discursos vindo de uma classe burguesa a serviço do capitalismo, que persuade uma sociedade alienada pelo domínio surgido de uma condição de vida estruturada a qual lhes davam total respaldo para o exercício de poder.
Como exemplo de instituições que a princípio foram construídas com o objetivo de excluir uma parte da sociedade no século XVII, Foucault utiliza o hospital, lugar que ao invés de ser aproveitado para a prática de cura das doenças, eram depositados os pobres doentes, prostitutas, os loucos e todos que representavam ameaça para a sociedade burguesa. Quem detinha o poder dessas instituições eram os religiosos e leigos em medicina que ficavam no hospital para fazer caridade e garantir a salvação eterna aos indivíduos lá depositados.
Até o século XVIII, as visitas médicas hospitalares eram feitas de forma irregular, pois, os religiosos concebiam o espaço para impor somente a ordem religiosa e não como um espaço para a cura das enfermidades, o médico nada podia fazer para ajudar essas pessoas, eles também estavam sob a dependência do pessoal religioso, e podiam ser despedidos caso descumprissem a ordem.
Nas análises sobre as questões relacionadas à psiquiatria Foucault relata como as instituições a princípio foram locais reservados para a diminuição do poder dos indivíduos capazes de enxergar o que acontecia com relação a dominação da prática da psiquiatria e de outras instituições e mecanismos do saber, onde pessoas eram praticamente abandonadas em um determinado local à arbitrariedade dos médicos e enfermeiros, os quais podiam fazer delas o que bem entendesse, sem que houvesse a possibilidade de apelo. Neste capítulo o leitor que teve o prazer de ler O Alienista de Machado de Assis, pode comparar as varias semelhanças de uma obra fictícia de uma obra com análises da realidade como Microfísica do Poder. Em O Alienista, Machado de Assis traz como tema a “loucura”, enfocada de uma forma que acaba por dissuadir todas as consciências consideradas normais e por questionar a própria condição humana. Machado procura apontar como as pessoas consideradas “anormais” por uma parte da sociedade, eram colocadas em um asilo para loucos onde os personagens se tornavam objetos de experiência científica.
“A característica dessas instituições é uma separação decidida entre aqueles que têm o poder e aqueles que não o têm” (Foucault: 124). A importância de uma transformação na reorganização arquitetônica dessas instituições hospitalares no século XVIII, de acordo com Foucault, só houve devido às questões políticas e econômicas que circundavam a sociedade francesa e européia. Essa reorganização se situou em torno das relações de poder, ou seja, os médicos passaram a exercer o poder dentro da instituição e fora dela. Como produtor da verdade, passavam a persuadir as pessoas no intuito de controlá-las e neutralizá-las para exercer poder sobre a sociedade.
Da mesma forma que as instituições hospitalares, a prisão deveria ser construída para servir de instrumento de transformação do indivíduo, mas não foi o que aconteceu. Foucault explica que a prisão passou ser um local de fabricação de mais criminosos, utilizada como estratégia também de domínio econômico. Para ele esse poder que era exercido nas instituições, era um feixe de relações mais ou menos organizadas, mais ou menos piramidalizadas, mais ou menos coordenadas. Que arriscavam dirigir a consciência e tentavam injetar na sociedade discursos persuasivos que indicavam quem exercia o poder e quem o acatava. Existia uma pirâmide do sistema que se fazia construir a possibilidade de manter esta relação de poder.
Além das instituições, existia um local todo gradeado e aberto aos olhos de somente um indivíduo, onde a sociedade era posta para exercer suas atividades como trabalhar, estudar e manter suas relações pessoais em grupo, sem que as instituições mantenedoras do poder não deixasse de saber o que estava acontecendo com cada indivíduo, tentando convencer a sociedade de que esta prisão era somente para resolver os problemas de vigilância e manter todos seguros.
Esta obra de Foucault possibilita que o leitor faça uma análise do que ocorreu e continua ocorrendo em nossa nação, cujo poder continua centralizado nas mãos de uma pequena parte da sociedade, que se utiliza de instituições e organismos para manipular, persuadir e neutralizar a grande massa para a manutenção de mecanismos que impossibilite a sua ascensão social. Para ficar mais clara a comparação sobre a sociedade que
Foucault expõe em Microfísica do Poder e a sociedade atual, basta o leitor ler o livro de Néstor García Canclini, Latino-americanos à procura de um lugar neste século, que fala sobre como os EUA através da globalização, vem exercendo um poder dominador, bloqueando o acesso ao desenvolvimento dos países latino-americanos, aumentando ainda mais as mazelas existentes no mundo de forma geral.
No decorrer de cada capítulo Foucault cita alguns pensadores como Freud, Nietzsche e Marx e algumas de suas obras como Vigiar e Punir, As Palavras e as Coisas, Arqueologia do Saber, A Vontade de Saber, que acaba estimulando o leitor a conhecer um pouco mais sobre o que está escrito em cada livro e sobre cada pensamento articulado que complementa a obra.
Em suma, é uma obra de absoluta importância para estudantes de qualquer graduação que busca um comprometimento com a profissão e com a sociedade. Pois, ajuda a melhorar e elucidar o conhecimento sobre as mazelas impregnadas no nosso país e no mundo.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

[Didático] Sociologia

Uma iniciativa da Secretaria do Estado do Paraná. Livros didáticos disponíveis na rede.

Carta do Secretário
Este Livro Didático Público chega às escolas da rede como resultado do trabalho coletivo de nossos educadores. Foi elaborado para atender à carência histórica de material didático no Ensino Médio, como uma iniciativa sem precedentes de valorização da prática pedagógica e dos saberes da professora e do professor, para criar um livro público, acessível, uma fonte densa e credenciada de acesso ao conhecimento.  A motivação dominante dessa experiência democrática teve origem na leitura justa das necessidades e anseios de nossos estudantes. Caminhamos  fortalecidos pelo compromisso com a qualidade da educação pública e pelo reconhecimento do direito fundamental de todos os cidadãos de acesso à cultura, à informação e ao conhecimento. Nesta caminhada, aprendemos e ensinamos que o livro didático não é mercadoria e o conhecimento produzido pela humanidade não pode ser apropriado particularmente, mediante exibição de títulos privados, leis de papel mal-escritas, feitas para proteger os vendilhões de um mercado editorial absurdamente concentrado e elitista. Desafiados a abrir uma trilha própria para o estudo e a pesquisa, entregamos a vocês, professores e estudantes do Paraná, este material de ensino-aprendizagem, para suas consultas, reflexões e formação contínua. Comemoramos com vocês esta feliz e acertada realização, propondo, com este Livro Didático Público, a socialização do conhecimento e dos saberes. Apropriem-se deste livro público, transformem e multipliquem as suas leituras.

Mauricio Requião de Mello e Silva
Secretário de Estado da Educação


Disponível aqui.

[Infantil] Alfa Beto por Patricia Moura

Uma opção de livro para os pequenos.

Nota da autora:
A inspiração para esse livro foi uma musiquinha sobre o alfabeto que, acho, é a Xuxa quem cantava. Nunca me esqueci dessa canção, a qual ouvi acho que lá com meus 12 ou 13 anos de idade, não lembro mais ao certo. Não sei ela toda e em várias letrinhas não se vê a mesma imagem que se ouve no texto da canção, mas canto assim mesmo reinventando-a, pois é a canção mais linda que conheço sobre o alfabeto. E olha que sei muitas delas em várias línguas, mas essa é a mais bela e é com essa que estou ensinando o alfabeto em português ao meu filho. 

Virtual Books - Download aqui!

[Ficção] A Cabana de William P. Young

Há um tempo atrás, um dos livros mais falados no mundo. Se você não teve a oportunidade de lê-lo, eis sua chance.





A Cabana é uma obra que todo ser humano deveria ter obrigação de ler, isto porque não é apenas uma história, mas, sim, uma lição de vida de como devemos manter um relacionamento de confiança e harmonia com Deus, Jesus e o Espírito Santo, ensinando ao leitor quais são os princípios de fé, santidade e julgamento ao próximo.

A obra de William P Young, primeira colocada na lista dos livros mais vendidos nos Estados Unidos, segundo o jornal The New York Times, e segunda obra mais lida no Brasil, ficando atrás apenas de Crepúsculo, é uma verdadeira lição de como mantermos fidelidade e confiança em Deus, mesmo quando seu brilho estiver tremeluzido em nossos corações.

A história gira em torno de Mackenze Allen Phillips, um pai de família totalmente apaixonado por sua esposa, que tem a responsabilidade de educar cinco filhos sem poder falhar, isso porque, em sua infância, Mackenzie passou pelo trauma de ser espancado por seu pai, um homem totalmente entregue ao vício da bebida, e não queria, de maneira alguma, passar a mesma imagem aos seus filhos.

Contudo, em uma viagem bucólica, algo inesperado mudou totalmente o sentido da vida deste homem. Sua filha mais nova, Missy, foi seqüestrada e assassinada por um maníaco de garotas. Em uma incessante procura ,com a ajuda da polícia, por algum vestígio de sua pequena , Mack encontrou o vestido que sua filha usava no dia do sequestro, em uma cabana abandona.

Mackenzie se considerava o verdadeiro culpado pelo ocorrido e entrou em uma depressão profunda, chamada de Grande Tristeza. Este triste período fez com que sua relação com Deus se tornasse algo inexpressível em sua vida, pois o grande senhor nada havia feito para evitar aquela tragédia, e sua santidade havia se tornado um conceito frio e estéril.

Após três anos e meio da morte de Missy, Mack recebe um bilhete com a assinatura de Papai, modo carinhoso que sua esposa usava para se referir a Deus, com a seguinte frase: Já faz tempo. Senti sua falta. Estarei na cabana no fim de semana que vem, se você quiser me encontrar. Papai.
No começo, Mack imaginava que isso seria apenas uma uma brincadeira de mau gosto, todavia não conseguia parar de pensar no bilhete, então decidiu ir até à cabana onde sua filha havia sido brutalmente assassinada.

Depois de fazer uma estafante viagem durante uma noite negrume, Mack chegou à velha cabana e se deparou com o mesmo cenário que havia lhe proporcionado a cena mais triste de sua vida, virou as costas e foi embora, insultando Deus de todas as formas possíveis. Entretanto, um vento forte fez com que ele virasse e reparasse, totalmente aparvalhado, com o cenário mais deslumbrante que já havia visto...

Não acreditando que aquele cenário poderia ser tangível, Mack se aproximou e adentrou-se à cabana. Sem palavras para descrever o que estava acontecendo, o homem encontrou três pessoas dentro do recinto: Deus, Jesus e seu Espírito Santo, todos representados por um estereótipo totalmente diferente que Mack imaginava.

Daí por diante, começa um enredo indescritível, por isso, apenas aconselho todos a lerem esta obra magnífica.


Resenha por Felipe Pugliese

Fonte: http://umpapoaberto.blogspot.com/2008/12/resenha-do-livro-cabana.html